domingo, 10 de novembro de 2013

A VERDADE "INCONVENIENTE"


"Vocês [em Portugal] fizeram reformas estruturais, flexibilizaram, reformaram o mercado trabalho e não resultou. Porque o problema está do lado da procura", explicou o académico.
Para Paul de Grauwe, Portugal tem de deixar de ser o bom aluno da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), não aplicar novas medidas punitivas para a economia e aliar-se a outros países do Sul da Europa para pressionar Bruxelas e Berlim a mudarem o rumo das políticas que exigem.
"O governo português fez o grande erro de tentar ser o melhor da turma no concurso de beleza da austeridade. Não havia razão para Portugal fazer isso, podia não ser o melhor da turma, podia ser mesmo o pior e isso seria melhor para economia", considerou em entrevista à Lusa o economista belga, para quem Portugal tinha de levar a cabo medidas para reduzir a despesa, mas ao longo de mais anos, de modo a suavizar o impacto económico.

Até economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou, já perceberam que não é possível "fazer a austeridade toda ao mesmo tempo", enquanto na Europa os líderes continuam imutáveis.


Paul de Grauwe: Necessidade de reformas estruturais é um "mito"
10 Novembro 2013, 15:51 por Lusa


Sem comentários:

Enviar um comentário