quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A BANDALHEIRA .

Estado assume dívida de Luís Filipe Vieira ao BPN

Dívida de 17 milhões de euros passou para a Parvalorem. Falta ainda apurar se resultou de esquema fraudulento, avança o "Diário de Notícias".
O presidente do Benfica e um sócio estão há quatro anos a ser investigados acerca do seu alegado envolvimento num esquema fraudulento que prejudicou o BPN. Mas os prejuízos da operação, avaliados em 17 milhões de euros, já foram transferidos para o Estado, que arcará com eles.

Segundo a edição desta quinta-feira do “Diário de Notícias”, o Estado, através da Parvalorem (empresa que gere os créditos do BPN), herdou uma dívida de 17 milhões de euros dos empresários ao banco. Esta dívida poderá ter sido gerada por uma burla orquestrada por Luís Filipe Vieira e o seu sócio Almerindo de Sousa Duarte, uma situação que ainda está sob investigação e da qual o "DN" dá alguns pormenores. 

O crédito estava colocado no BPN IFI em Cabo Verde mas, segundo relata o jornal, o BIC, liderado por Mira Amaral, recusou-se a herdá-lo, pelo que o encargo ficará à responsabilidade da Parvalorem.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

mind the gap

"Qualquer fundamentalismo, qualquer radicalização, qualquer rigidez de pensamento não passam de tentativas desesperadas de definir regras para viver que, acreditamos nós, nos protegem. Descubro que não, que nos afastam mais e mais, que nos atiram para as profundezas da Caverna. Que nos tornam mais frágeis do que nunca. Não resultam, não aturo mais. Nem as minhas… Vivo à espera do click, nesse hiato entre as definições que fui formulando na minha cabeça e o vazio que entretanto se instalou e que há-de ser preenchido um dia. Por um sorriso, por sucessões de sorrisos…

domingo, 10 de novembro de 2013

PARA MEMÓRIA FUTURA

O economista Paul de Grauwe considera que Portugal não deverá conseguir fugir a uma reestruturação da dívida e que não é masoquismo os portugueses discutirem este tema, mas continuarem a punir-se a si mesmos com mais austeridade.
"Portugal tem tanta austeridade que a dívida se tornou insustentável, algo tem de ser feito. Não acho que consiga sair do problema hoje sem uma reestruturação da dívida", disse em entrevista à Lusa o economista belga e professor na London School of Economics, que considerou que o Presidente da República, Cavaco Silva, está a "fechar os olhos à realidade" quando considerou que é "masoquismo" dizer que a dívida portuguesa não é sustentável.

"Claro que se deve falar disso. Estão a transferir receitas para os estrangeiros, que sentido faz isso?", questionou o economista, para quem é "quase masoquista" os portugueses "punirem-se a si mesmos".

Na sua opinião, "é difícil entender como pode o Governo magoar a população e sentir-se orgulhoso disso".


"Dizem aos portugueses que têm de fazer mais sacrifícios. Para quê? Para pagar a dívida aos países ricos do Norte [da Europa]. Isto será explosivo, os portugueses não vão aceitar isso indefinidamente", antecipou.

Paul de Grauwe defende que numa eventual reestruturação da dívida sejam envolvidos não só os credores privados, mas também oficiais, caso do Banco Central Europeu (BCE).
A dívida pública de Portugal chegou aos 131,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no final de Junho, segundo o Banco de Portugal. O Governo previa que, este ano, a dívida das administrações públicas atingisse 122,3% do PIB, mas entretanto reviu em alta esse valor para 127,8%.

Em Junho de 2011, pouco depois de Portugal ter recorrido à ajuda externa, a dívida era de 106,9% do PIB, ainda assim bem acima dos 71,7% do final de 2008. 

10 Novembro 2013, 15:54 por Lusa



A VERDADE "INCONVENIENTE"


"Vocês [em Portugal] fizeram reformas estruturais, flexibilizaram, reformaram o mercado trabalho e não resultou. Porque o problema está do lado da procura", explicou o académico.
Para Paul de Grauwe, Portugal tem de deixar de ser o bom aluno da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), não aplicar novas medidas punitivas para a economia e aliar-se a outros países do Sul da Europa para pressionar Bruxelas e Berlim a mudarem o rumo das políticas que exigem.
"O governo português fez o grande erro de tentar ser o melhor da turma no concurso de beleza da austeridade. Não havia razão para Portugal fazer isso, podia não ser o melhor da turma, podia ser mesmo o pior e isso seria melhor para economia", considerou em entrevista à Lusa o economista belga, para quem Portugal tinha de levar a cabo medidas para reduzir a despesa, mas ao longo de mais anos, de modo a suavizar o impacto económico.

Até economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou, já perceberam que não é possível "fazer a austeridade toda ao mesmo tempo", enquanto na Europa os líderes continuam imutáveis.


Paul de Grauwe: Necessidade de reformas estruturais é um "mito"
10 Novembro 2013, 15:51 por Lusa